É comum associarmos a
alimentação a eventos sociais, a momentos de prazer e distração. Na pizza com
os amigos na sexta-feira, sábado a feijoada, almoço de domingo em família,
acabamos cometendo alguns exageros e comemos
mais do que o necessário para o nosso organismo. Normalmente tentamos compensar
durante a semana, comendo de forma mais controlada e mais saudável. Porém,
pessoas que apresentam o Transtorno Compulsivo Alimentar, mantém o
comportamento de comer compulsivamente com frequência, sem ter o controle da
situação.
O Transtorno
Compulsivo Alimentar tem algumas características como a ingestão de grande
quantidade de alimentos de qualquer tipo, principalmente frituras e doces, em
um pequeno espaço de tempo. Durante o episodio de compulsão a pessoa sente
perda de controle de seu comportamento e sente necessidade de comer mesmo sem
fome.
É preciso estar atento
a seus sinais como, comer mais rápido que o normal, continuar comendo mesmo
saciado, comer em segredo, sentir-se triste ou culpado após comer demais,
beliscar com frequência e assaltar a geladeira a noite.
Algumas causas são
comuns entre as pessoas que apresentam o Transtorno Compulsivo como: perder o
controle da alimentação após dieta rígida, por conta da privação de diversos
alimentos, aumentando o desejo por comida. Ao se alimentar, sente um conforto
emocional, onde a comida preenche um vazio em situações de ansiedade, em
alteração de humor e depressão, onde comer é uma forma de lidar com seu estado
emocional. Problemas relacionados a imagem corporal e problemas com baixa
autoestima.
Esse comportamento
compulsivo traz muito sofrimento por ser um conflito psíquico, uma luta contra
a repetição sem freio e a perda de controle da situação. E fica difícil
manter-se na dieta por busca de resultado imediato, falta de persistência,
falta de comprometimento, que geram frustração, fazendo voltar a ter o
comportamento compulsivo para voltar a ter o alivio que a compulsão trás. Pode
trazer, também, maiores riscos para a saúde como, diabetes, gordura no fígado,
obesidade e outros problemas de saúde mais graves.
Para um diagnóstico
preciso é indicado procurar um médico. E seu tratamento é multidisciplinar,
envolvendo psicólogo, nutricionista e um educador físico.
O tratamento
psicológico envolve aprendizagem com a forma de lidar, de maneira mais eficaz com seus sentimentos, aprender a comer de forma confortável em diversas
situações, manutenção de bons relacionamentos interpessoais, ser capaz de dizer
não a comida e não ficar preso a padrões de beleza melhorando sua autoestima.
É necessário uma
mudança no comportamento fazendo reeducação alimentar, incluir hábitos
saudáveis como ingestão de frutas e legumes e incluir atividade física, que
além de queimar calorias, há liberação de endorfina, hormônio que dá sensação de
prazer, que é semelhante a serotonina, hormônio liberado quando nos
alimentamos.
Para alcançar esse
estilo de vida deve-se ter, principalmente, um olhar para si, se conhecer, para
ter metas congruentes com você e tomar as rédeas de sua vida. Conhecer sua
forças e pontos fortes e aprender a interligar seus talentos a sua auto imagem.
A medida que vai tendo mais experiências positivas, vai aumentando sua
autoconfiança e assumindo o domínio de sua vontade e de sua vida!
Texto da nossa colaboradora Keyla Guimarães Smith, CRP 05/36896, Psicóloga Clínica, Terapeuta Cognitivo Comportamental, especialista em Transtorno Alimentar. Contato: (21) 99718-8163.
Estou vencendo a compulsão. Força de vontade é tudo. Um abraço!
ResponderExcluirA mente é tudo viu! Temos que nos policiar e trabalhar a mente para prosseguirmos. Super beijo! :**
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